É importante que por mais que alguns ainda não conheçam o nosso Templo, que saibam quem é quem e as entidades que recebem para fazer ainda mais firme o TDU vovo Rei Congo, e para mostrar a todos que apesar de pequeno o nosso grupo de medium e a casa que ainda está em fase de crescimento e expansão somos de uma raiz de Umbanda seria:
Pai Ricardo D'Ogun: Feito no Candomblé para o Orixá Ogum e Yemanjá pelo Babalorisá Will D'Ogun filho de Yá Vera D'Osun do Ilê Irepo Araketu em Itapecirica da Serra , do Axé Moritiba a tradicional nação de Ketu Oxumarê, foi inciado no candomblé e coroado na Umbanda pelo mesmo pai de santo com o Caboclo Pena Verde. Pai Ricardo trabalha com os nossos queridos Vovô Rei Congo e Pai Pena Verde a mais de 20 anos , mas somente a dois anos que Pai Pena Verde pediu que fosse aberta uma casa para que Pai Ricardo e suas maravilhosas entidades pudessem ajudar aos filhos que viriam.Então no dia 02 de Fevereiro de 2011 na Praia Grande litoral de São Paulo, foi aberto e Inaugurado Templo de Umbanda Vovô Rei Congo.
Entidades:
Caboclo: Pena Verde
Preto velho : Rei Congo
Exú: Exu Trunqueira
Simone D'Oxum: Esposa de Pai Ricardo, feita no candomblé para Oxum e Ogum pelo mesmo Balaorisá que seu marido , Coroada na Umbanda também com a cabocla Jupira. Simone hoje não trabalha na umbanda por Opção ajuda como cambono e quando necessario incorpora suas entidades para que elas ajudem a alguém que precisa, cuida da organização geral do templo.
Entidades:
Cabocla: Jupira
Erea: Adrianinha (Ere de Candomblé)
Pomba-gira : Maria da sete encruzilhadas
Ana Clara: Medium de trabalho de casa de Pai Pena Verde e Vovo rei Congo começou na Umbanda e Candomblé a muitos anos mas só veio trabalhar no Ile Ase Egbe Omo Ogun e Templo Religioso e Cultural Caboclo Pena Branca em 2009, quando por afinidade decidiu seguir os passos de Pai Ricardo se juntando a familia Rei Congo em Fevereiro de 2011.
Entidades:
Caboclo : 7 Montanhas
Baiana : Carmem
Preta velha: Vovó Joana
Pomba-gira : 7 Rosas
Marinheiro: 7ondas
Andressa (Tita):Medium de trabalho de casa de Pai Pena Verde e Vovo rei Congo começou na Umbanda e Candomblé a muitos anos mas só veio trabalhar no Ile Ase Egbe Omo Ogun e Templo Religioso e Cultural Caboclo Pena Branca em 2009, quando por afinidade decidiu seguir os passos de Pai Ricardo se juntando a familia Rei Congo em Fevereiro de 2011.
Entidades:
Caboclo: Guaxupé
Exu: Exu Caveira
Marinheiro: 7 ondas
Dirce: Coroada na Umbanda com o Caboclo Flecha Dourada, ela acompanha por motivos de saude as atividades da casa , afastada, no auxilio como cambone.Faz parte da familia Rei Congo desde Fevereiro de 2011
Sueli: Também Coroada na Umbanda com o caboclo Tibiriçá Sueli, também faz parte da familia Rei Congo desde Fevereiro de 2011
Alexsandro: Ogã na Umbanda, toca desde menino auxiliando ao nosso querido Pai Ricardo no andamento e firmeza dos trabalhos, vindo anteriormente também da casa de Pai Pena Branca, faz parte da familia Rei Congo desde Fevereiro de 2011.
Catarina(Nah): Medium de trabalho da casa de Pai Pena Verde e Vovo rei Congo, e afilhada na Umbanda de pai Ricardo desde 2009, começou na Umbanda a muitos anos mas só veio trabalhar no Ile Ase Egbe Omo Ogun e Templo Religioso e Cultural Caboclo Pena Branca em 2009,Catarina descobriu o Dom da leitura das cartas em Fevereiro de 2011 quando acentou sua Pombo gira 7 Rosas, Foi Coroada com a Cabocla Yara em Maio de 2010, e Borizada por Pai will de Ogun em Abril de 2011 .Quando por total afinidade decidiu seguir os passos de seu padrinho Pai Ricardo se juntando a familia Rei Congo em Setembro de 2011.
Entidades:
Cabocla: Yara
Preta velha: Vovó Maria do Congo (Maria Conga)
Erea: Estrela
Marinheiro: Zé do Timão
Baiana: Maria Bonita
Boiadeiro: Zé da Boiada
Cabocla de Ogum: 7 espadas
Caboclo de Xangô: Pedra Branca
Exú: Duas cabeças
Pomba-gira : 7 Rosas
Exu mirim : Rosa Negra
Olivo D'Oxalufã: Ogã de umbanda e Borizado no candomblé na Casa de Will D'Ogun (Ile Asé Egbe Omo Ogun) , toca desde Março de 2009 auxiliando no andamento e firmeza dos trabalhos, vindo anteriormente também da casa de Pai Pena Branca, faz parte da familia Rei Congo desde Outubro de 2011 trazendo alegria e firmeza pra nossa humilde Casa.
E pessoas muito importantes pra nossa casa, que não estão efetivamente, mas sempre que podem aparecem para nos ajudar nos trabalhos:
Viviane: Medium de trabalho no Ile Ase Egbe Omo Ogun e Templo Religioso e Cultural Caboclo Pena Branca, seguidora da Umbanda e Candomblé a muitos anos só veio trabalhar no Ile Ase Egbe Omo Ogun e Templo Religioso e Cultural Caboclo Pena Branca em 2010,quando que por motivos de gravidez teve que se afastar dos trabalhos, hoje Viviane aos Poucos vai voltando para a Umbanda e trazendo as suas entidades maravilhosas em terra para nos ajudar no TDU Vovo Rei Congo.
Entidades:
Caboclo: Flecheiro
Preto velho : Vô Zequinha
Pomba gira : Maria Padilha
Antonio: Medium de trabalho no Ile Ase Egbe Omo Ogun e Templo Religioso e Cultural Caboclo Pena Branca, seguidora da Umbanda e Candomblé a muitos anos só veio trabalhar no Ile Ase Egbe Omo Ogun e Templo Religioso e Cultural Caboclo Pena Branca em Abril de 2009,quando que por motivos de trabalho teve que se afastar das atividades do Templo, hoje Antonio sempre que pode traz suas as suas entidades maravilhosas em terra para ajudar a nós do TDU Vovo Rei Congo.
Entidades:
Caboclo: Arranca Toco
Preto velho: Pai Antonio
Exu: Marabô
Erê : Pedrinho
Cristiano D'Oxalufã: Ogã de umbanda e Borizado e apontado como Alabe no candomblé na Casa de Will D'Ogun (Ile Asé Egbe Omo Ogun) , toca desde menino auxiliando no andamento e firmeza dos trabalhos, vindo anteriormente também da casa de Pai Pena Branca,afastado da casa por motivos de trabalho, ajuda a familia Rei Congo sempre que pode trazendo alegria e firmeza pra nossa humilde Casa.
Obrigado a todos os filhos e Adeptos que fazem do TDU vovo Rei Congo um ambiente familiar, de firmeza e livre de soberba e sensção de poder na Umbanda somos todos iguais, temos que lembrar que não somos conhecidos ou apenas colegas somos Amigos, irmãos SOMOS UMA FAMILIA, A FAMILIA REI CONGO!
Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!
Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!
Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!
Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!
Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!
Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!
(Machado de Assis)
Axé e muita Luz.
A Umbanda liberta as consciências adormecidas e embotadas em si mesmas retira a trava que impede o movimento da roda da evolução,do crescimento espiritual e humano.A Umbanda cura!Ela nos cura de nossas mazelas e cicatriza nossas feridas.Cura-nos de nossa lamentável capacidade de nos auto-obsediar com tantos e tantos pensamentos e sentimentos menos nobres.A Umbanda é fonte permanente de Sabedoria, Força e Amor,trazida por seus Emissários de Luz - Caboclos, Pretos Velhos e Crianças.
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domingo, 13 de novembro de 2011
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Hierarquia da Umbanda
Dentro dos terreiros de Umbanda existe organização e disciplina, além de todo um sistema que objetiva manter esta organização, alguns terreiros, dependendo do tamanho dividem-se em parte administrativa e espiritual.
Estaremos falando agora a respeito dos cargos dentro da hierarquia espiritual mais comumente encontrados nos Terreiros de Umbanda:
Babalorixá ou Ialorixá
É o dirigente do terreiro (Babalorixá se for homem e Ialorixá se for mulher).
Esta figura é a responsável espiritual por tudo que acontecer dentro da gira (antes, durante e depois). Tanto o Babalorixá quanto a Ialorixá são também chamados de Pai
do Santo e Mãe de Santo. Algumas pessoas falam pai de santo e mãe de santo, consideramos essa maneira incorreta, pois é na Lei do Santo que eles são Pai e Mãe.
Eles têm a função de cuidar e zelar da vida espiritual dos médiuns do terreiro, orientar e dirigir os trabalhos abertos e fechados a público. São os responsáveis por fazer cumprir as diretrizes estabelecidas pelo Astral, para o Terreiro.
Pai Pequeno e Mãe Pequena
São os futuros Babalorixá e Ialorixá. São a segunda pessoa dentro de um Terreiro de Umbanda. Têm como função auxiliar o Babalorixá e a Ialorixá em todos os trabalhos. Outras funções específicas variam de terreiro para terreiro.
Médiuns de Trabalho
São os médiuns que dão consulta, as suas entidades já riscaram ponto, deram nome, e passou por alguns preceitos (isto também varia de terreiro para terreiro) que os firmaram como médiuns. Alguns chamam de Médiuns prontos, outros de Médiuns batizados outros de Médiuns feitos. Essa nomenclatura também varia de acordo com a orientação do Babalorixá ou Ialorixá, da raiz da Casa ou ainda de estado para estado.
Médiuns em Desenvolvimento
São médiuns que como o nome já diz, estão em desenvolvimento. Dependendo do terreiro eles podem dar passes, já incorporam uma ou outra linha, mas ainda não dão consultas e as suas entidades ainda não deram nome ou não riscaram ponto. Estão sendo preparados para tornarem-se médiuns de trabalho.
Médiuns Iniciantes
Também como o nome diz, são médiuns que ingressaram a pouco tempo no terreiro e ainda não incorporam. Cambono (homem) e Samba (mulher).São os responsáveis por atender as entidades, no que diz respeito a acender charutos, velas, cachimbos, esclarecer a assistência o que a entidade está querendo dizer, coordenar a entrada da assistência para consulta ou passe.
Transa
É a pessoa responsável por distribuir as fichas de atendimento (quando o caso) e coordenar a entrada da assistência. Muitas vezes, dependendo do tamanho do terreiro acumula função de cambonagem.
Curimbeiro, Tabaqueiro ou Ogã
É a pessoa que bate (toca) o tambor. Na realidade na Umbanda, a concepção de Ogã é totalmente diferente do Candomblé e do Omolocô, onde a pessoa é preparada especificamente para esse fim.
A função do tambor é a de ajudar na invocação das Entidades, deve ter toques harmoniosos e diferenciados para cada Linha.
Deixemos bem claro que todas as funções são importantes dentro da organização de um Terreiro e nenhuma é melhor ou pior que a outra, o respeito e a disciplina deve sempre ser elementos básicos da convivência entre todos, deve-se tomar muito cuidado com a vaidade e a inveja, sentimentos que devem ser sempre repudiados por todo e qualquer umbandista.
A gira mediúnica é o auge de uma reunião umbandista que é dividida em três momentos básicos a saber:
-abertura, momento que se evocam as forças e entidades espirituais e se invocam as bênçãos, proteções, pedidos e auxílios;
- a gira mediúnica, instante em que os médiuns incorporam as entidades espirituais para atendimento ao público;
-encerramento, ou seja, o término da reunião, em que se agradece a assistência das forças e entidades espirituais.
Os ritos e liturgias utilizadas nas reuniões do movimento umbandista, variam de terreiro para terreiro, assim, como também, pode se diferenciar a decisão de como se processa a gira mediúnica, que tipos de entidades se fará presente e como deverá se proceder o atendimento ao público.
Isso acontece, por que os terreiros são células religiosas que se adequam a coletividade que os rodeia, oferecendo dentro de um determinado padrão mínimo, os ritos, as liturgias, as manifestações espirituais que mais afinizem com os adeptos e o público que freqüenta determinada casa.
A Função da umbanda é isso, atender as necessidades espirituais essenciais do indivíduo, mesmo que este processo se inicie por resolver suas necessidades materiais básicas, permitindo um equilíbrio mínimo da sua existência.
Proporciona-se assim, condições estáveis a alma para realizar vôos evolutivos mais altos e abrir sua consciência a entendimentos mais profundos e finalmente se religar a Deus.
Através do que já falamos, podemos chegar a conclusão que o atendimento ao público é o objetivo primordial de todas as reuniões de um terreiro.
As pessoas que se encaminham a uma casa espiritual umbandista, possuem expectativas, estão ansiosas para encontrar a solução de seus problemas, desejam sair dali pelo menos reconfortadas, com esperança etc.
O público, portanto, deve ter um tratamento especial por parte dos dirigentes, dos organizadores e do corpo mediúnico da casa.
Tudo deve ser voltado para se fornecer um bom atendimento ao público presente.
Devem ser bem recebidos, encaminhados a um local apropriado para assistirem a reunião, informados de como se processará o andamento da mesma, como deve ser o seu comportamento durante os trabalhos, em qual momento e como devem se dirigir aos médiuns incorporados, se houver necessidade de se retirar antes da gira terminar como fazê-lo, devem também ser indicados a eles os banheiros, aonde beber água etc. É de bom tom, que o dirigente em algum instante na abertura, faça uma pequena e rápida preleção (palestra) trazendo para o público, informações, avisos, ensinamentos e doutrina.
Na gira mediúnica devem incorporar somente os médiuns que já tiverem mais experiência e estejam, como dizemos comumente, mais bem afirmados com suas entidades.
Desenvolvimento mediúnico deve ser uma reunião a parte e fechada ao público.
Após todos os médiuns incorporarem, os cambonos (pessoas que dão assistência as entidades espirituais e ajudam na organização durante a reunião) devem encaminhar o público para o atendimento.
O restante do corpo de adeptos, que não estiverem incorporados, devem sustentar a gira dos que estão em trabalhos mediúnicos através dos cânticos, de bons pensamentos e intenções.
É necessário, que se mantenha o bom nível vibratório, para que os trabalhos espirituais aconteçam em segurança e bem equilibrados. Todo o público deve ser atendido, sem exceção.
Uma reunião umbandista é algo bonito de se ver, os cânticos, os tambores e outros instrumentos formando um conjunto harmonioso de sons, a batida das palmas, os fardamentos, as guias coloridas, a decoração do ambiente, as imagens e símbolos do altar e mesmo a forma como se processa os ritos e liturgias enche os olhos e ouvidos de quem vem participar.
Visual e som somam-se a um sem número de detalhes para permitir a harmonização de todos os presentes, mas tudo isso não é um espetáculo, nem uma encenação para agradar o público.
Muitas casas umbandistas se ressentem pela existência de muito pouco ou quase nenhum público.
Geralmente são sempre as mesmas pessoas que se repetem em todas reuniões. Quando tem a casa lotada sempre é por ocasião de festas, comemorações e louvações especiais.
O terreiro já tem lá seus anos de existência, é um local bem decorado, limpo, asseado, de ambiente agradável e bastante arejado e iluminado.
Os adeptos presentes em grande número, com um fardamento impecável, guias coloridas no pescoço e todos os adereços e material de trabalho de suas entidades.
A reunião tem todo um processo organizado, bem estruturado, desde a abertura até o encerramento.
A hierarquia da casa é plenamente identificada, pais e mães pequenas, cambones, tambozeiros etc.,
Esta hierrarquia, decorre da necessidade de equilibrio entre a liberdade e a autoriedade, que geram a disciplina e as leis que regem essa disciplina e que podem ser mutáveis em função da época, da fase e da estrutura social da comunidade formada pelo terreiro.
cada terreiro tem sua norma de bem-viver adaptada a expanção uniforme direcional, fazendo com que a disciplina seja consciênte, livre e com base na razão e na compreensão, toda disciplina aceita e reflete a afirmação da personalidade dos dirigentes.
Na umbanda, a hierarquia é direcional não como com detenção de poder mas o objetivo do que foi, é e será.
O passado e a experiência adquirida. o presente é o trabalho, é a luta de cada dia para semear os frutos de amanhã.
O fruto será a colheita do que se plantou no presente, por coseguinte uma boa semelhada, dará uma boa colheita, se o presente estiver atento.
Precisamos, acima de tudo, entender esse estágio evolutivo e organizar cada vez mais a nossa Umbanda, a nossa religião, para que no Plano Astral ela possa ter uma função muito mais clara, porque, com a consciência, nossas entidades poderão trabalhar com muito mais satisfação, porque a consciência os levou a um plano de participação cósmica, inserindo-os no equilíbrio universal, no amar o próximo, no dar e receber.
Essa é a Lei do Equilíbrio, a Lei do Processo Evolutivo.
Precisamos respeitar os cultos e as formas de direcionar o pensamento ao Divino.
Não podemos transformar a nossa religião em um amontoados de lendas e mistificações, de metáforas e metafísica.
A nossa religião é simples, é a religião da vida, e a religião do Divino em nós.
Fiquem em paz.
Sarava, meus irmãos.
Estaremos falando agora a respeito dos cargos dentro da hierarquia espiritual mais comumente encontrados nos Terreiros de Umbanda:
Babalorixá ou Ialorixá
É o dirigente do terreiro (Babalorixá se for homem e Ialorixá se for mulher).
Esta figura é a responsável espiritual por tudo que acontecer dentro da gira (antes, durante e depois). Tanto o Babalorixá quanto a Ialorixá são também chamados de Pai
do Santo e Mãe de Santo. Algumas pessoas falam pai de santo e mãe de santo, consideramos essa maneira incorreta, pois é na Lei do Santo que eles são Pai e Mãe.
Eles têm a função de cuidar e zelar da vida espiritual dos médiuns do terreiro, orientar e dirigir os trabalhos abertos e fechados a público. São os responsáveis por fazer cumprir as diretrizes estabelecidas pelo Astral, para o Terreiro.
Pai Pequeno e Mãe Pequena
São os futuros Babalorixá e Ialorixá. São a segunda pessoa dentro de um Terreiro de Umbanda. Têm como função auxiliar o Babalorixá e a Ialorixá em todos os trabalhos. Outras funções específicas variam de terreiro para terreiro.
Médiuns de Trabalho
São os médiuns que dão consulta, as suas entidades já riscaram ponto, deram nome, e passou por alguns preceitos (isto também varia de terreiro para terreiro) que os firmaram como médiuns. Alguns chamam de Médiuns prontos, outros de Médiuns batizados outros de Médiuns feitos. Essa nomenclatura também varia de acordo com a orientação do Babalorixá ou Ialorixá, da raiz da Casa ou ainda de estado para estado.
Médiuns em Desenvolvimento
São médiuns que como o nome já diz, estão em desenvolvimento. Dependendo do terreiro eles podem dar passes, já incorporam uma ou outra linha, mas ainda não dão consultas e as suas entidades ainda não deram nome ou não riscaram ponto. Estão sendo preparados para tornarem-se médiuns de trabalho.
Médiuns Iniciantes
Também como o nome diz, são médiuns que ingressaram a pouco tempo no terreiro e ainda não incorporam. Cambono (homem) e Samba (mulher).São os responsáveis por atender as entidades, no que diz respeito a acender charutos, velas, cachimbos, esclarecer a assistência o que a entidade está querendo dizer, coordenar a entrada da assistência para consulta ou passe.
Transa
É a pessoa responsável por distribuir as fichas de atendimento (quando o caso) e coordenar a entrada da assistência. Muitas vezes, dependendo do tamanho do terreiro acumula função de cambonagem.
Curimbeiro, Tabaqueiro ou Ogã
É a pessoa que bate (toca) o tambor. Na realidade na Umbanda, a concepção de Ogã é totalmente diferente do Candomblé e do Omolocô, onde a pessoa é preparada especificamente para esse fim.
A função do tambor é a de ajudar na invocação das Entidades, deve ter toques harmoniosos e diferenciados para cada Linha.
Deixemos bem claro que todas as funções são importantes dentro da organização de um Terreiro e nenhuma é melhor ou pior que a outra, o respeito e a disciplina deve sempre ser elementos básicos da convivência entre todos, deve-se tomar muito cuidado com a vaidade e a inveja, sentimentos que devem ser sempre repudiados por todo e qualquer umbandista.
A gira mediúnica é o auge de uma reunião umbandista que é dividida em três momentos básicos a saber:
-abertura, momento que se evocam as forças e entidades espirituais e se invocam as bênçãos, proteções, pedidos e auxílios;
- a gira mediúnica, instante em que os médiuns incorporam as entidades espirituais para atendimento ao público;
-encerramento, ou seja, o término da reunião, em que se agradece a assistência das forças e entidades espirituais.
Os ritos e liturgias utilizadas nas reuniões do movimento umbandista, variam de terreiro para terreiro, assim, como também, pode se diferenciar a decisão de como se processa a gira mediúnica, que tipos de entidades se fará presente e como deverá se proceder o atendimento ao público.
Isso acontece, por que os terreiros são células religiosas que se adequam a coletividade que os rodeia, oferecendo dentro de um determinado padrão mínimo, os ritos, as liturgias, as manifestações espirituais que mais afinizem com os adeptos e o público que freqüenta determinada casa.
A Função da umbanda é isso, atender as necessidades espirituais essenciais do indivíduo, mesmo que este processo se inicie por resolver suas necessidades materiais básicas, permitindo um equilíbrio mínimo da sua existência.
Proporciona-se assim, condições estáveis a alma para realizar vôos evolutivos mais altos e abrir sua consciência a entendimentos mais profundos e finalmente se religar a Deus.
Através do que já falamos, podemos chegar a conclusão que o atendimento ao público é o objetivo primordial de todas as reuniões de um terreiro.
As pessoas que se encaminham a uma casa espiritual umbandista, possuem expectativas, estão ansiosas para encontrar a solução de seus problemas, desejam sair dali pelo menos reconfortadas, com esperança etc.
O público, portanto, deve ter um tratamento especial por parte dos dirigentes, dos organizadores e do corpo mediúnico da casa.
Tudo deve ser voltado para se fornecer um bom atendimento ao público presente.
Devem ser bem recebidos, encaminhados a um local apropriado para assistirem a reunião, informados de como se processará o andamento da mesma, como deve ser o seu comportamento durante os trabalhos, em qual momento e como devem se dirigir aos médiuns incorporados, se houver necessidade de se retirar antes da gira terminar como fazê-lo, devem também ser indicados a eles os banheiros, aonde beber água etc. É de bom tom, que o dirigente em algum instante na abertura, faça uma pequena e rápida preleção (palestra) trazendo para o público, informações, avisos, ensinamentos e doutrina.
Na gira mediúnica devem incorporar somente os médiuns que já tiverem mais experiência e estejam, como dizemos comumente, mais bem afirmados com suas entidades.
Desenvolvimento mediúnico deve ser uma reunião a parte e fechada ao público.
Após todos os médiuns incorporarem, os cambonos (pessoas que dão assistência as entidades espirituais e ajudam na organização durante a reunião) devem encaminhar o público para o atendimento.
O restante do corpo de adeptos, que não estiverem incorporados, devem sustentar a gira dos que estão em trabalhos mediúnicos através dos cânticos, de bons pensamentos e intenções.
É necessário, que se mantenha o bom nível vibratório, para que os trabalhos espirituais aconteçam em segurança e bem equilibrados. Todo o público deve ser atendido, sem exceção.
Uma reunião umbandista é algo bonito de se ver, os cânticos, os tambores e outros instrumentos formando um conjunto harmonioso de sons, a batida das palmas, os fardamentos, as guias coloridas, a decoração do ambiente, as imagens e símbolos do altar e mesmo a forma como se processa os ritos e liturgias enche os olhos e ouvidos de quem vem participar.
Visual e som somam-se a um sem número de detalhes para permitir a harmonização de todos os presentes, mas tudo isso não é um espetáculo, nem uma encenação para agradar o público.
Muitas casas umbandistas se ressentem pela existência de muito pouco ou quase nenhum público.
Geralmente são sempre as mesmas pessoas que se repetem em todas reuniões. Quando tem a casa lotada sempre é por ocasião de festas, comemorações e louvações especiais.
O terreiro já tem lá seus anos de existência, é um local bem decorado, limpo, asseado, de ambiente agradável e bastante arejado e iluminado.
Os adeptos presentes em grande número, com um fardamento impecável, guias coloridas no pescoço e todos os adereços e material de trabalho de suas entidades.
A reunião tem todo um processo organizado, bem estruturado, desde a abertura até o encerramento.
A hierarquia da casa é plenamente identificada, pais e mães pequenas, cambones, tambozeiros etc.,
Esta hierrarquia, decorre da necessidade de equilibrio entre a liberdade e a autoriedade, que geram a disciplina e as leis que regem essa disciplina e que podem ser mutáveis em função da época, da fase e da estrutura social da comunidade formada pelo terreiro.
cada terreiro tem sua norma de bem-viver adaptada a expanção uniforme direcional, fazendo com que a disciplina seja consciênte, livre e com base na razão e na compreensão, toda disciplina aceita e reflete a afirmação da personalidade dos dirigentes.
Na umbanda, a hierarquia é direcional não como com detenção de poder mas o objetivo do que foi, é e será.
O passado e a experiência adquirida. o presente é o trabalho, é a luta de cada dia para semear os frutos de amanhã.
O fruto será a colheita do que se plantou no presente, por coseguinte uma boa semelhada, dará uma boa colheita, se o presente estiver atento.
Precisamos, acima de tudo, entender esse estágio evolutivo e organizar cada vez mais a nossa Umbanda, a nossa religião, para que no Plano Astral ela possa ter uma função muito mais clara, porque, com a consciência, nossas entidades poderão trabalhar com muito mais satisfação, porque a consciência os levou a um plano de participação cósmica, inserindo-os no equilíbrio universal, no amar o próximo, no dar e receber.
Essa é a Lei do Equilíbrio, a Lei do Processo Evolutivo.
Precisamos respeitar os cultos e as formas de direcionar o pensamento ao Divino.
Não podemos transformar a nossa religião em um amontoados de lendas e mistificações, de metáforas e metafísica.
A nossa religião é simples, é a religião da vida, e a religião do Divino em nós.
Fiquem em paz.
Sarava, meus irmãos.
Exus na Umbanda
Linha das Almas
São os que vivem onde tem almas, ou seja, na calunga, e existem várias Calungas. Calunga grande (Mar), Calunga (Cemitério), Calunga das Matas (Matas). Em cada área específica existem Exus responsáveis e cada Exu com seu exército ou falange.
Exu Pimenta pertence a linha das almas e vive na calunga das matas, onde socorre as almas que vagam levando-as à luz, se merecedora ou fica com ele, ou outros exus, onde a alma é reeducada sempre visando levá-la à luz.
Existe a Pomba-Gira Rainha dos 7 Cruzeiros da Calunga Grande, que vive no mar, fazendo o mesmo papel do Exu Pimenta.
Assim como o Exu 7 Cruzes, 7 Covas, 7 Catacumbas, que vivem no Cemitério e fazem o mesmo papel.
Todos os Exus dessa linha trabalham com velas brancas, pretas e brancas, amarelas e pretas e guias da mesma cor.
Linha das Encruzilhadas
Destina-se a linha da rua, ou seja, o povo da rua responsável por todos os caminhos, o responsável por todas as encruzilhadas seria o Rei das Sete Encruzilhadas.
Existem vários exus dessa linha Capa Preta da Encruzilhada, 7 Encruzilhadas, 7 Estradas, 7 Caminhos, Tranca Ruas, entre outros. Trabalham muito com velas vermelhas e pretas, ou pretas e usam guias da mesma cor.
Recebem suas oferendas em encruzilhadas ou matas.
“As encruzilhadas de cimento não são boas para fazer oferendas para exus, pois lá vivem muitos kiumbas, eguns, espíritos atrasados que usam os nomes dos exus para atrapalhar as pessoas”.
Linha das Matas
Onde vivem os exus que trabalham nas cachoeiras, pedreiras, em matas, rios, etc. Onde muitos são caboclos quimbandeiros, trabalham muito com ervas, gostam de ensinar banhos, defumações, tudo que envolva ervas. Existem vários tipos de matas, matas serradas, matas fechadas, matas em beira de estrada, de mar, onde existem os determinados exus responsáveis. Os mais conhecidos são: Arranca-Toco, 7 Cachoeiras, Pimenta, das Matas, dos Rios, entre outros.
Trabalham muito com velas verdes, verdes e pretas ou pretas, usam guias da mesma cor e muitas ervas.
Outras Linhas
Existe a linha dos mirins, onde cada exu tem um mirim representante, trabalham com velas cor de rosa e preta, azul e preta, doces, balas, guaranás, mel, etc. o exu chefe seria Tiriri.
Existe também a linha dos exus do mar, são piratas, marinheiros e exus das almas, afinal o mar é a calunga grande. Trabalham com velas pretas ou azuis, com areia. Suas guias são da mesma cor e com conchas e búzios.
Outra linha é a dos ciganos que em sua maioria são da linha das almas. Trabalham com anéis, jóias, correntes, tudo que envolva dinheiro, usam velas de várias cores. As guias variam bastante entre correntes ou amarelo ou preto.
Pomba-Giras
Pertencem a todas as linhas entre elas temos: Pomba-Gira Cigana, 7 Saia das Matas, Pomba-Gira Menina, Dama da Noite, Rosa Caveira.
Companheiras (os)
Cada exu (ou pomba-gira) tem sua companhia preferida, atuando como seu braço direito, a qual, sempre acompanha seu companheiro. E esse comportamento é uma coisa singular e pessoal variando de exu para exu. Por exemplo: o Tranca Rua das Almas tem como companheira Pomba-Gira das Almas, mas talvez o Tranca Ruas que incorpora no José é da mesma falange (família) daquele que incorpora no João, porém não é o mesmo e com isso prefere uma companheira diferente.
Médium e Exu
Todo médium possui um ou mais de um exu, que pode ser bem evoluído, em luz, força e sabedoria, mas para que esta entidade possa desenvolver bem seus trabalhos também depende dos conhecimentos do médium e do tratamento que o médium dispensa a entidade. Por isso sempre se aconselha ao médium que estude, procure manter suas obrigações em dia, cuide dos seus assentamentos, todo médium tem a responsabilidade de saber tratar com seus Exus.
“Calunga seria onde os corpos das pessoas são enterrados e as almas ficam vagando, como por exemplo o cemitério. O mar é a morada final de muitas pessoas que morrem afogadas, assim como as matas também guardam aqueles que lá se perderam e jamais voltaram…”.
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Linhas e Arquétipo dos Guardiões EXU
Por Rodrigo Queiroz
Ditado pelo Sr. Tranca Ruas das 7 Encruzilhadas
“Exu de Umbanda é um espírito humano que sofreu sua queda, se redimiu e trabalha nas Trevas em prol da Luz, na busca de sua evolução em auxílio dos encarnados.”
- Salve tu “cabra”!
- Salve vós Exu!
- Então escreve aí… Já que tanto se fala sobre nós e pouco se consegue entender vou tentar colocar minha colaboração.
- Obrigado Exu!
- Somos vocês amanhã. Há há há. Se é que deu pra me entender. Somos como vocês, vivemos uma série de oportunidades terrenas, quando se chegou num determinado “limite” a oportunidade de evoluir na carne estava esgotada, por incompetência nossa mesmo.
Vou organizar o raciocínio. De maneira coletiva, Exu na Umbanda, este que incorpora é um espírito humano e digo isso pra poderem começar entender que somos totalmente diferentes do Exu cultuado na África através do Culto de Nação e no Brasil através do Candomblé que neste caso são Encantados e isso é outra história.
Em nosso caso somos um espírito comum. Que viveu sua experiência pessoal e num certo momento de fazer o “acerto de contas” o saldo estava negativo.
Assim negativo tornou-se o nosso espírito. Desta forma somos enviados para as faixas negativas que no seu conjunto é chamado de Trevas. Cada qual dependendo do seu histórico vai habitar uma faixa própria pertinente à seu caso.
Então vou falar por mim.!
São os que vivem onde tem almas, ou seja, na calunga, e existem várias Calungas. Calunga grande (Mar), Calunga (Cemitério), Calunga das Matas (Matas). Em cada área específica existem Exus responsáveis e cada Exu com seu exército ou falange.
Exu Pimenta pertence a linha das almas e vive na calunga das matas, onde socorre as almas que vagam levando-as à luz, se merecedora ou fica com ele, ou outros exus, onde a alma é reeducada sempre visando levá-la à luz.
Existe a Pomba-Gira Rainha dos 7 Cruzeiros da Calunga Grande, que vive no mar, fazendo o mesmo papel do Exu Pimenta.
Assim como o Exu 7 Cruzes, 7 Covas, 7 Catacumbas, que vivem no Cemitério e fazem o mesmo papel.
Todos os Exus dessa linha trabalham com velas brancas, pretas e brancas, amarelas e pretas e guias da mesma cor.
Linha das Encruzilhadas
Destina-se a linha da rua, ou seja, o povo da rua responsável por todos os caminhos, o responsável por todas as encruzilhadas seria o Rei das Sete Encruzilhadas.
Existem vários exus dessa linha Capa Preta da Encruzilhada, 7 Encruzilhadas, 7 Estradas, 7 Caminhos, Tranca Ruas, entre outros. Trabalham muito com velas vermelhas e pretas, ou pretas e usam guias da mesma cor.
Recebem suas oferendas em encruzilhadas ou matas.
“As encruzilhadas de cimento não são boas para fazer oferendas para exus, pois lá vivem muitos kiumbas, eguns, espíritos atrasados que usam os nomes dos exus para atrapalhar as pessoas”.
Linha das Matas
Onde vivem os exus que trabalham nas cachoeiras, pedreiras, em matas, rios, etc. Onde muitos são caboclos quimbandeiros, trabalham muito com ervas, gostam de ensinar banhos, defumações, tudo que envolva ervas. Existem vários tipos de matas, matas serradas, matas fechadas, matas em beira de estrada, de mar, onde existem os determinados exus responsáveis. Os mais conhecidos são: Arranca-Toco, 7 Cachoeiras, Pimenta, das Matas, dos Rios, entre outros.
Trabalham muito com velas verdes, verdes e pretas ou pretas, usam guias da mesma cor e muitas ervas.
Outras Linhas
Existe a linha dos mirins, onde cada exu tem um mirim representante, trabalham com velas cor de rosa e preta, azul e preta, doces, balas, guaranás, mel, etc. o exu chefe seria Tiriri.
Existe também a linha dos exus do mar, são piratas, marinheiros e exus das almas, afinal o mar é a calunga grande. Trabalham com velas pretas ou azuis, com areia. Suas guias são da mesma cor e com conchas e búzios.
Outra linha é a dos ciganos que em sua maioria são da linha das almas. Trabalham com anéis, jóias, correntes, tudo que envolva dinheiro, usam velas de várias cores. As guias variam bastante entre correntes ou amarelo ou preto.
Pomba-Giras
Pertencem a todas as linhas entre elas temos: Pomba-Gira Cigana, 7 Saia das Matas, Pomba-Gira Menina, Dama da Noite, Rosa Caveira.
Companheiras (os)
Cada exu (ou pomba-gira) tem sua companhia preferida, atuando como seu braço direito, a qual, sempre acompanha seu companheiro. E esse comportamento é uma coisa singular e pessoal variando de exu para exu. Por exemplo: o Tranca Rua das Almas tem como companheira Pomba-Gira das Almas, mas talvez o Tranca Ruas que incorpora no José é da mesma falange (família) daquele que incorpora no João, porém não é o mesmo e com isso prefere uma companheira diferente.
Médium e Exu
Todo médium possui um ou mais de um exu, que pode ser bem evoluído, em luz, força e sabedoria, mas para que esta entidade possa desenvolver bem seus trabalhos também depende dos conhecimentos do médium e do tratamento que o médium dispensa a entidade. Por isso sempre se aconselha ao médium que estude, procure manter suas obrigações em dia, cuide dos seus assentamentos, todo médium tem a responsabilidade de saber tratar com seus Exus.
“Calunga seria onde os corpos das pessoas são enterrados e as almas ficam vagando, como por exemplo o cemitério. O mar é a morada final de muitas pessoas que morrem afogadas, assim como as matas também guardam aqueles que lá se perderam e jamais voltaram…”.
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Linhas e Arquétipo dos Guardiões EXU
Por Rodrigo Queiroz
Ditado pelo Sr. Tranca Ruas das 7 Encruzilhadas
“Exu de Umbanda é um espírito humano que sofreu sua queda, se redimiu e trabalha nas Trevas em prol da Luz, na busca de sua evolução em auxílio dos encarnados.”
- Salve tu “cabra”!
- Salve vós Exu!
- Então escreve aí… Já que tanto se fala sobre nós e pouco se consegue entender vou tentar colocar minha colaboração.
- Obrigado Exu!
- Somos vocês amanhã. Há há há. Se é que deu pra me entender. Somos como vocês, vivemos uma série de oportunidades terrenas, quando se chegou num determinado “limite” a oportunidade de evoluir na carne estava esgotada, por incompetência nossa mesmo.
Vou organizar o raciocínio. De maneira coletiva, Exu na Umbanda, este que incorpora é um espírito humano e digo isso pra poderem começar entender que somos totalmente diferentes do Exu cultuado na África através do Culto de Nação e no Brasil através do Candomblé que neste caso são Encantados e isso é outra história.
Em nosso caso somos um espírito comum. Que viveu sua experiência pessoal e num certo momento de fazer o “acerto de contas” o saldo estava negativo.
Assim negativo tornou-se o nosso espírito. Desta forma somos enviados para as faixas negativas que no seu conjunto é chamado de Trevas. Cada qual dependendo do seu histórico vai habitar uma faixa própria pertinente à seu caso.
Então vou falar por mim.!
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Eres na Umbanda
Na Umbanda, Erês, Ibejada, Dois-Dois, Crianças, ou Ibejis são entidades de carácter infantil, que simbolizam pureza, inocência e singeleza e se entregam a brincadeiras e divertimentos. Pedem-lhes ajuda para os filhos, para fazer confidências e resolver problemas. Geralmente supõe-se que são espíritos que desencarnaram com pouca idade e trazem características da sua última encarnação, como trejeitos e fala de criança e o gosto por brinquedos e doces. Diz-se que optaram por continuar sua evolução espiritual através da prática de caridade, incorporando em médiuns nos terreiros de Umbanda. São tidos como mensageiro dos Orixás, respeitados pelos caboclos e pretos-velhos. Geralmente, são agrupados em uma linha própria, chamada de Linha das Crianças, Linha de Yori ou Linha de Ibeji. Costumam ter nomes típicos de crianças brasileiras, como Rosinha, Mariazinha, Ritinha, Pedrinho, Paulinho e Cosminho. Seus líderes de falange incluem Cosme e Damião. Comem bolos, balas, refrigerantes, normalmente guaraná e frutas.
Oração do Perdão
Pai, quando eu for chamado para junto de Ti, quero partir com o coração aliviado de qualquer sentimento menor que possa reter-me ao vale de lágrimas onde me encontro hoje.
Ah, Meu Deus, que nada do que já vivi e ainda vivo seja obstáculo à minha felicidade amanhã!...
Quando eu me for, quero alçar vôo como fazem as aves que planam livres por sobre as misérias humanas, e que não pousam no chão senão para buscar o alimento que as mantém fortes nas alturas!...
Quando meus olhos se cerrarem à ilusão da carne, é de minha vontade que eu me distancie do mundo com a leveza das almas experimentadas na forja das provas árduas, sem que o peso dos sentimentos menores impeça meu anseio de libertação!
Desejo, Pai, libertar-me, sendo fiel à Tua lei de amor e de perdão!
Eu compreendo que a Terra é a escola onde Tu nos prepara para a angelitude!...
Eu compreendo que o sofrimento é a lição que nos faz avançar para a glória ou estacionar na senda de novas e mais dolorosas provas!...
Eu compreendo que tudo é seleção: os laços, a estrada, os acontecimentos...
De minha atitudes colherei bem ou mal; com minhas decisões talharei o que serei amanhã.
Alegrias infinitas ou sofrimentos sem conta nascem unicamente de meus atos, a revelia do que os outros me fazem ou deixam de fazer...
Por isso, Pai, conduz meu pensamento de tal sorte que, quando chegar minha hora, nada do que vivi possa retardar-me o passo ou prender-me outra vez ao sombrio grilhão da dor.
De todos os momentos experimentados, que eu carregue comigo apenas aqueles que me proporcionaram coisas úteis e felizes.
Que os infortúnios e mágoas do passado não sejam mais peso em meu coração, a impedir a realização dos mais ardentes anseios de felicidade e sublimação!...
As lágrimas que me fizeram verter - eu perdôo.
As dores e as decepções - eu perdôo.
As traições e mentiras - eu perdôo.
As calúnias e as intrigas - eu perdôo.
O ódio e a perseguição - eu perdôo.
Os golpes que me feriram - eu perdôo.
Os sonhos destruídos - eu perdôo.
As esperanças mortas - eu perdôo.
O desamor e a antipatia - eu perdôo.
A indiferença e a má vontade - eu perdôo.
A desconsideração dos amados - eu perdôo.
A cólera e os maus tratos - eu perdôo.
A negligência e o esquecimento - eu perdôo.
O mundo, com todo o seu mal - eu perdôo.
A partir de hoje proponho-me a perdoar porque a felicidade real é aquela que nasce do esquecimento de todas as faltas!...
No lugar da mágoa e do ressentimento, coloco a compreensão e o entendimento; no lugar da revolta, coloco a fé na Tua Sabedoria e Justiça; no lugar da dor, coloco o esquecimento de mim mesmo; no lugar do pranto coloco a certeza do riso e da esperança porvindoura; no lugar do desejo de vingança, coloco a imagem do Cordeiro imolado e o mais sublime dos perdões...
Só assim, Pai, se um dia eu tiver que retornar à carne, poderei me levantar forte e determinado sobre os meus pés e não obstante todos os sofrimentos que experimentar, serei naturalmente capaz de amar acima de todo desamor, de doar mesmo que despossuído de tudo, de fazer feliz aos que me rodearem, de honrar qualquer tarefa que me concederes, de trabalhar alegremente mesmo que em meio a todos impedimentos, de estender a mão ainda que em mais completa solidão e abandono, de secar lágrimas ainda que aos prantos, de acreditar mesmo que desacreditado, e de transformar tudo em volta pela força de minha vontade, porque só o perdão rasga os véus sombrios do ressentimento e da revolta, frutos infelizes do egoísmo e do orgulho, libertando meu coração no rumo do bem e da paz, do amor verdadeiro e da felicidade eterna!
Assim seja!
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Boiadeiros na Umbanda
São espíritos hiperativos que atuam como refreadores do
baixo astral, e são aguerridos, demandadores e rigorosos
quando tratam com espíritos trevosos.
O símbolo dos boiadeiros são o laço e chicote que, em
verdade, são suas armas espirituais e são verdadeiros
mistérios, tal como são as espadas, as flechas e outras
“armas” usadas pelos espíritos que atuam como refreadores
das investidas das hostes sombrias formadas por espíritos
do baixo astral.
Da mesma maneira que os pretos-velhos representam a
humildade, boiadeiros representam a força de vontade,
a liberdade e a determinação que existe no homem do
campo e sua necessidade de conviver com a natureza e
os animais, sempre de forma simples, mas com uma
força e fé muito grande. São habilidosos e valentes.
São regidos por Iansã-Oyá e Ogum, tendo recebido da
mesma autoridade de conduzir os eguns da mesma forma
que conduziam sua boiada, onde levam cada boi
(espíritos) para o seu destino, e trazem os bois
que se desgarram (obsessores, kiumbas e etc) de
volta ao caminho do resto da boiada (o caminho do bem).
Suas maiores funções não as consultas como as dos
pretos-velhos, nem os passes e as receitas de remédios
como os caboclos, e sim o “dispersar de energias” aderida
aos corpos, paredes e objetos. É de extrema importância
esta função, pois enquanto os outros guias podem se
preocupar com o teor das consultas e dos passes,
os boiadeiros “sempre” estarão atentos à qualquer
alteração de energia do local
(entrada de espíritos negativos).
Portanto quando bradam em tom de ordem como se estivessem
laçando seu gado, estão na verdade ordenando os espíritos
que entraram no local a se retirarem, assim “limpam” o
ambiente para que a prática da caridade continue sem alterações,
já que as presenças desses espíritos muitas vezes interferem
nas consultas de médiuns conscientes.
Esses espíritos atendem os boiadeiros pela demonstração
de coragem que os mesmos lhe passam e são levados por
eles para locais próprios de doutrina. Com seus chicotes
e laços vão quebrando as energias negativas e descarregando
os médiuns, o terreiro e as pessoas da assistência.
Outra grande função de um boiadeiro e manter a disciplina
das pessoas dentro de um terreiro, sejam elas médiuns da
casa ou consulentes.
Eles nos ensinam a força que o trabalho tem e que o
principal elemento de sua magia é a força de vontade,
fazendo assim que consigamos uma vida melhor e farta.
É uma linha poderosa e muito numerosa no mundo espiritual
e seus caboclos atuam nas sete linhas de Umbanda,
e são descritos como Caboclos da Lei.
Marinheiros na Umbanda
A linha ou falange dos Marinheiros tem sua origem na linha de Iemanjá e são chefiados por uma entidade conhecida por Tarimá. São espíritos de pessoas que em vida foram marinheiros ou com eles tinham ligação.
São muito brincalhões e normalmente bebem muito durante os trabalhos, por esse motivo a sua evocação não é muito freqüente. O plano espiritual superior os evoca para descarga pesada do templo, desta forma a eles podemos pedir coisas simples, eles não são muito dados a falar ou dar consultas.
A descarga de um terreiro uma vez efetuada será enviada ao fundo mar com todos os fluidos nocivos que dela provem. Os marinheiros são destruidores de feitiços, cortam ou anulam todo mal e embaraço que possa estar dentro de um templo, ou ainda, próximo aos seus freqüentadores.
Nunca andam sozinhos, quando em guerra unem-se em legiões, fazendo valer o princípio de que a união faz a força, o que os torna imbatíveis nesse sentido.
Na linha dos Marinheiros tem-se notícias de que alguns fazem curas e operações espirituais. Nunca conhecemos nenhum deles que agissem dessa forma de modo correto e nesse tipo de situação toda precaução é sempre necessária. Aprendemos que a atuação dessa linha sempre foi a descarga pesada de um terreiro e de seus médiuns.
Nunca andam sozinhos, quando em guerra unem-se em legiões, fazendo valer o princípio de que a união faz a força, o que os torna imbatíveis nesse sentido.
Na linha dos Marinheiros tem-se notícias de que alguns fazem curas e operações espirituais. Nunca conhecemos nenhum deles que agissem dessa forma de modo correto e nesse tipo de situação toda precaução é sempre necessária. Aprendemos que a atuação dessa linha sempre foi a descarga pesada de um terreiro e de seus médiuns.
A linha dos Marinheiros é às vezes mal interpretada por aqueles que não a conhecem. Alguns os julgam espíritos de baixa evolução e outros os taxam de bêbados que só comparecem aos trabalhos para se embriagar. Nesse sentido constatei um sem fim de patifarias em nome de sua linha. Os mal preparados ou mistificadores transmitem o que eles não são ou não praticam.
Qualquer entidade que compareça a um trabalho, sempre o faz em obediência a outras entidades a elas muito superiores. Os Marinheiros têm um modo peculiar de se apresentar em nosso templo. Às vezes dão a impressão de estarem alcoolizados, em outros casos usam o termo “mareado” para a forma como permanecem nos trabalhos. Mareado é o termo usado para alguém que permaneceu muito tempo no mar a bordo de uma embarcação que balança muito e uma vez em terra firme não conseguem ficar em pé corretamente e por esse motivo o corpo balança até que o cérebro assuma a nova realidade do corpo.
Os Marinheiros são uma linha de grande força, especializada na descarga pesada de um terreiro, onde o termo...
... é muito usado por eles, mostrando o seu objetivo em nossos templos. Por sua característica “diferente” de se apresentarem são às vezes mal interpretados pelas pessoas, o que é um erro.“Já lavei meu tombadilho (piso do navio), já deixei tudo limpinho”
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Baianos na Umbanda
"Meu santo é forte, Caboclo do Norte, Que só faz o bem, Só quer ajudar, Não faz mal a ninguém, É flecha encarnada, mãe santa me deu..." | |
Caboclo do Norte, a gira de Baianos nada mais é do que a alegria de um povo que foi e é sofrido mas que não perde a esperança por possuir uma fé inabalável e uma experiência em lidar com problemas que fazem os nossos parecerem brincadeira.
Como encarar a vida e seus problemas com entusiasmo e alegria?
Pergunte a uma entidade da Gira de Baianos.
Sem a menor dúvida, a gira mais festiva e alegre da Umbanda.
Desprendida, descomplicada, um alto astral e uma vontade imensa de resolver as "coisas do coração" , verdadeiro obstáculo do ser humano.
Porque é nas coisas do coração que se encontram as soluções para todos os outros problemas.
Cansei de presenciar estas magníficas entidades desviarem assuntos relacionados a trabalho, dinheiro, ou qualquer outro problema para perguntar sobre as coisas do coração, no livro "Carma" enfatizo esse comportamento curioso, pois o impressionante é que realmente estes problemas existiam e eram o que realmente estava atrapalhando. Sanado estes problemas de relacionamento, os demais acabavam como que por mágica.
Água de coco, batida de coco, uma "branquinha", e a tradicional farofa, com acarajé, um peixe, ou qualquer coisa que só de sentir o cheiro nos remete a mágica Bahia de todos os santos.
pra lá que eu vou!!.
Um convite a renascer para a alegria da vida, esta é a gira dos Baianos na Umbanda.
Ah, Bahia!!!
...Os fundadores da Umbanda são caboclo e preto-velho, que no astral fizeram escola, com o tempo se assentaram ao seu lado outros povos de trabalho, vemos hoje muito bem assentados dentro do contexto Umbandista as figuras do boiadeiro, marinheiro, baiano e cigano além das crianças, exú e pomba-gira.
... Todos são excelentes trabalhadores e cada "grupo de trabalho" tem a sua maneira de atuar, no astral a linha de trabalho (povo a que pertence) e o nome que eles carregam representa respectivamente o grau e a força em que a entidade guia está assentada.
... No caso os Baianos formam uma corrente de entidades que ao desencarnar, apesar da afinidade com o culto ao Orixá (muitos foram sacerdotes), não tinham o grau de preto-velho, estabeleceram uma egrégora de trabalhadores do astral que com o tempo reconhecida pela Umbanda passaram a ter a oportunidade do trabalho ativo e incorporante, acharam por bem batizar como linha dos Baianos como homenagem a origem dos primeiros formadores desta corrente e a Terra que tão bem acolheu o Orixá no Brasil.
... São muito ativos, despachados e descontraidos. Bons orientadores e doutrinadores, tem facilidade em lidar com o desmanche dos trabalhos de kimbanda e magia negra. Usam colares de cocos e sementes.Tendo na sua forma de trabalhar muito das qualidades de Iansã, por serem movimentadores e irriquietos, combinam esta forma de trabalhar com sua natureza onde cada um se mostra regido por um Orixá diferente assim trazendo para a gira a força das sete linhas da Umbanda.
...Suas oferendas podem ser feitas ao pé de um coqueiro ou no ponto de força do Orixá que rege o baiano a ser oferendado. Gostam de festas comidas tipicas da Bahia e batida de coco.
...Como comprimento dizemos simplesmente: "É da Bahia meu Pai...Salve a Bahia" ou simplesmente "Salve os baianos".
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Pretos Velhos na Umbanda
"Preto-velho" na Cultura Brasileira e na Umbanda
por Alexandre Cumino
Pai Antônio foi o primeiro preto-velho a se manifestar na Religião de Umbanda em seu médium Zélio Fernandino de Morais onde se estabeleceu a Tenda Nossa Senhora da Piedade. Assim, ele abriu esta "linha" para nossa religião, introduzindo o uso do cachimbo, guias e o culto aos Orixás.
O "Preto-velho" está ligado à cultura religiosa Afro Brasileira em geral e à Umbanda de forma específica, pois dentro da Religião Umbandista este termo identifica um dos elementos formadores de sua liturgia, representa uma "linha de trabalho", uma "falange de espíritos", todo um grupo de mentores espirituais que se apresentam como negros anciões, ex-escravos, conhecedores dos Orixás Africanos.
São trabalhadores da espiritualidade, com características próprias e coletivas, que valorizam o grupo em detrimento do ego pessoal, ou seja, são simplesmente pretos e pretas velhas com Pai João e Vó Maria, por exemplo.
Milhares de Pais João e de Avós Maria, o que mostra um trabalho despersonalizado do elemento individual valorizando o elemento coletivo identificado pelo termo genérico "preto-velho". Muitos até dizem "nem tão preto e nem tão velho" ainda assim "preto velho fulano de tal". A falta de informação é a mãe do preconceito, e, no caso do "preto-velho", muitos que são leigos da cultura religiosa Umbandista ou de origem africana desconhecem valor do "preto-velho" dentro das mesmas.
Preto é Cor e Negro é Raça, logo o termo "preto-velho" torna-se característico e com sentido apenas dentro de um contexto, já que fora de tal contexto o termo de uso amplo e irrestrito seria "Negro Velho", "Negro Ancião" ou ainda "Negro de idade avançada" para identificar o homem da raça negra que encontra-se já na "terceira idade" (a melhor idade). Por conta disso alguns sentem-se desconfortáveis em utilizar um termo que à primeira vista pode parecer desrespeitoso ao citar um amável senhor negro, já com suas madeixas brancas, cachimbo e sorriso fácil, por trás do olhar de homem sofrido, que na humildade da subjugação forçada e escrava encontrou a liberdade do espírito sobre a alma, através da sabedoria vinda da Mãe África, na figura de nossos Orixás, vindo ao encontro da imagem e resignação de nosso senhor Jesus Cristo.
Alguns preferem chamá-los apenas de "Pais Velhos" o que é bonito ao ressaltar a paternidade, mas ao mesmo tempo oculta a raça que no caso é motivo de orgulho. São eles que souberam passar por uma vida de escravidão com honra e nobreza de caráter, mais um motivo de orgulho em se auto-afirmar "nêgo véio" e ex-escravo; talvez assim se mantenham para que nunca nos esqueçamos que em qualquer situação temos ainda oportunidade de evoluir. Quanto mais adversa maior a oportunidade de dar o testemunho de nossa fé.
O "preto-velho" é um ícone da Umbanda, resumindo em si boa parte da filosofia umbandista. Assim, os espíritos desencarnados de ex-escravos se identificam e muitos outros que não foram escravos, nesta condição, assim se apresentam também em homenagem a eles, por tê-los como Mestres no astral.
No imaginário popular, por falta de informação ou por má fé de alguns formadores de opinião, a imagem do "preto-velho" pode estar associada por alguns a uma visão preconceituosa, há ainda os que se assustam " com estas coisas" pois não sabem que a Umbanda é uma religião e como tal tem a única proposta de nos religar a Deus, manifestando o espírito para a caridade e desenvolvendo o sentimento de amor ao próximo. Não existe uma Umbanda "boa" e uma Umbanda "ruim", existe sim única e exclusivamente uma única Umbanda que faz o bem, caso contrário não é Umbanda e assim é com os "Preto-velhos", todos fazem o bem sem olhar a quem, caso contrário não é de fato um "preto-velho", pode ser alguém disfarçado de "velho-negro", o "preto velho" trabalha única e exclusivamente para a caridade espiritual.
São espíritos que se apresentam desta forma e que sabem que em essência não temos raça nem cor, a cada encarnação, temos uma experiência diferente. Os pretos velhos trazem consigo o "mistério ancião", pois não basta ter a forma de um velho, antes, precisam ser espíritos amadurecidos e reconhecidos como irmãos mais velhos na senda evolutiva.
Quanto menos valor se dá a forma, mais valor se dá à mensagem, e "preto-velho" fala devagar, bem baixinho; quando assim se pronuncia, todos se aquietam para ouví-lo, parece-nos ouvir na língua Yorubá a palavra "Atotô", saudação a Obaluayê que quer dizer exatamente isso: "silêncio".
Nas culturas antigas o "velho" era sempre respeitado e ouvido como fonte viva do conhecimento ancestral. Hoje ainda vemos este costume nas culturas indígenas e ciganas. Algumas tradições religiosas mantêm esta postura frente o sacerdote mais velho, trata-se de uma herança cultural religiosa tão antiga quanto nossa memória ou nossa história pode ir buscar, tão antigos também são alguns dos pretos velhos que se manifestam na Umbanda.
Muitos já estão fora do ciclo reencarnacionista, estão libertos do karma, já desvendaram o manto da ilusão da carne que nos cobre com paixões e apegos que inexoravelmente ficarão para trás no caminho evolutivo.
Por tudo isso e muito mais, no dia 13 de Maio, dia da libertação dos escravos eu os saúdo: "Salve os Pretos Velhos! Salve as Pretas Velhas! Adorei as Almas! Salve nosso Amado Pai Obaluayê, Atotô meu Pai! Salve nossa Amada Mãe Nanã Buroquê, Saluba Nana!"
Usamos para eles velas brancas ou bicolores, metade preta e metade branca, tomam café e fumam cachimbo.
Fonte: Jornal de Umbanda Sagrada, impresso, do mês de maio de 2006.
O "Preto-velho" está ligado à cultura religiosa Afro Brasileira em geral e à Umbanda de forma específica, pois dentro da Religião Umbandista este termo identifica um dos elementos formadores de sua liturgia, representa uma "linha de trabalho", uma "falange de espíritos", todo um grupo de mentores espirituais que se apresentam como negros anciões, ex-escravos, conhecedores dos Orixás Africanos.
São trabalhadores da espiritualidade, com características próprias e coletivas, que valorizam o grupo em detrimento do ego pessoal, ou seja, são simplesmente pretos e pretas velhas com Pai João e Vó Maria, por exemplo.
Milhares de Pais João e de Avós Maria, o que mostra um trabalho despersonalizado do elemento individual valorizando o elemento coletivo identificado pelo termo genérico "preto-velho". Muitos até dizem "nem tão preto e nem tão velho" ainda assim "preto velho fulano de tal". A falta de informação é a mãe do preconceito, e, no caso do "preto-velho", muitos que são leigos da cultura religiosa Umbandista ou de origem africana desconhecem valor do "preto-velho" dentro das mesmas.
Preto é Cor e Negro é Raça, logo o termo "preto-velho" torna-se característico e com sentido apenas dentro de um contexto, já que fora de tal contexto o termo de uso amplo e irrestrito seria "Negro Velho", "Negro Ancião" ou ainda "Negro de idade avançada" para identificar o homem da raça negra que encontra-se já na "terceira idade" (a melhor idade). Por conta disso alguns sentem-se desconfortáveis em utilizar um termo que à primeira vista pode parecer desrespeitoso ao citar um amável senhor negro, já com suas madeixas brancas, cachimbo e sorriso fácil, por trás do olhar de homem sofrido, que na humildade da subjugação forçada e escrava encontrou a liberdade do espírito sobre a alma, através da sabedoria vinda da Mãe África, na figura de nossos Orixás, vindo ao encontro da imagem e resignação de nosso senhor Jesus Cristo.
Alguns preferem chamá-los apenas de "Pais Velhos" o que é bonito ao ressaltar a paternidade, mas ao mesmo tempo oculta a raça que no caso é motivo de orgulho. São eles que souberam passar por uma vida de escravidão com honra e nobreza de caráter, mais um motivo de orgulho em se auto-afirmar "nêgo véio" e ex-escravo; talvez assim se mantenham para que nunca nos esqueçamos que em qualquer situação temos ainda oportunidade de evoluir. Quanto mais adversa maior a oportunidade de dar o testemunho de nossa fé.
O "preto-velho" é um ícone da Umbanda, resumindo em si boa parte da filosofia umbandista. Assim, os espíritos desencarnados de ex-escravos se identificam e muitos outros que não foram escravos, nesta condição, assim se apresentam também em homenagem a eles, por tê-los como Mestres no astral.
No imaginário popular, por falta de informação ou por má fé de alguns formadores de opinião, a imagem do "preto-velho" pode estar associada por alguns a uma visão preconceituosa, há ainda os que se assustam " com estas coisas" pois não sabem que a Umbanda é uma religião e como tal tem a única proposta de nos religar a Deus, manifestando o espírito para a caridade e desenvolvendo o sentimento de amor ao próximo. Não existe uma Umbanda "boa" e uma Umbanda "ruim", existe sim única e exclusivamente uma única Umbanda que faz o bem, caso contrário não é Umbanda e assim é com os "Preto-velhos", todos fazem o bem sem olhar a quem, caso contrário não é de fato um "preto-velho", pode ser alguém disfarçado de "velho-negro", o "preto velho" trabalha única e exclusivamente para a caridade espiritual.
São espíritos que se apresentam desta forma e que sabem que em essência não temos raça nem cor, a cada encarnação, temos uma experiência diferente. Os pretos velhos trazem consigo o "mistério ancião", pois não basta ter a forma de um velho, antes, precisam ser espíritos amadurecidos e reconhecidos como irmãos mais velhos na senda evolutiva.
Quanto menos valor se dá a forma, mais valor se dá à mensagem, e "preto-velho" fala devagar, bem baixinho; quando assim se pronuncia, todos se aquietam para ouví-lo, parece-nos ouvir na língua Yorubá a palavra "Atotô", saudação a Obaluayê que quer dizer exatamente isso: "silêncio".
Nas culturas antigas o "velho" era sempre respeitado e ouvido como fonte viva do conhecimento ancestral. Hoje ainda vemos este costume nas culturas indígenas e ciganas. Algumas tradições religiosas mantêm esta postura frente o sacerdote mais velho, trata-se de uma herança cultural religiosa tão antiga quanto nossa memória ou nossa história pode ir buscar, tão antigos também são alguns dos pretos velhos que se manifestam na Umbanda.
Muitos já estão fora do ciclo reencarnacionista, estão libertos do karma, já desvendaram o manto da ilusão da carne que nos cobre com paixões e apegos que inexoravelmente ficarão para trás no caminho evolutivo.
Por tudo isso e muito mais, no dia 13 de Maio, dia da libertação dos escravos eu os saúdo: "Salve os Pretos Velhos! Salve as Pretas Velhas! Adorei as Almas! Salve nosso Amado Pai Obaluayê, Atotô meu Pai! Salve nossa Amada Mãe Nanã Buroquê, Saluba Nana!"
Usamos para eles velas brancas ou bicolores, metade preta e metade branca, tomam café e fumam cachimbo.
Caboclos na Umbanda
A palavra caboclo, vem do tupi kareuóka, que significa da cor de cobre; acobreado. Espírito que se apresenta de forma forte, com voz vibrante e traz as forças da natureza e a sabedoria para o uso das ervas.
A marca mais característica da Umbanda, uma religião surgida no Brasil no final do século XIX e início do século XX, é a manifestação de entidades espirituais, por meio da mediunidade de incorporação. Os primeiros espíritos a “baixar” nos terreiros de Umbanda foram aqueles conhecidos como Caboclos e Pretos-velhos, a seguir surgiram outras formas de apresentação como as Crianças, conhecidas, variadamente, como Erês, Cosme e Damião, Dois-dois, Candengos, Ibejis ou Yori. Essas três formas, Crianças, Caboclos e Pretos-velhos, podem ser consideradas as principais porque resumem vários símbolos: representam, por exemplo, as raças formadoras do povo brasileiro – indígenas, negros e brancos europeus – e também representam as três fases da vida – a criança, o adulto e o velho – mostrando a dialética da existência. Além disso, trazem valores arquetipais de Pureza e Alegria na Criança; Simplicidade e Fortaleza no Caboclo e a Sabedoria e Humildade dos Pretos-velhos, mostrando o caminho para a evolução espiritual dos sentimentos, do corpo físico e da mente. Com a expansão da Umbanda, muitas entidades apareceram, como os Baianos, Boiadeiros, Marinheiros e outras, sem falar de Exu, outro grande ícone umbandista.
Essa diversidade confirma a abrangência desse movimento espiritual que chama a todos e recebe seres encarnados e desencarnados, com vibrações de fraternidade e amizade sob a luz de Oxalá.
Nesse artigo trataremos, mais especificamente, das entidades conhecidas como Caboclos, invariavelmente presentes nos terreiros de Umbanda, praticando a caridade e cumprindo sua missão espiritual.
Existem variações no entendimento que os umbandistas têm sobre o que sejam os caboclos. As variações são próprias do movimento umbandista, notavelmente plural, mas há consenso na Umbanda, no fato de que os Caboclos são espíritos de humanos que já viveram encarnados no plano físico e são, portanto, nossos ancestrais. É interessante notar que em alguns cultos afro-brasileiros, os caboclos são considerados “encantados” e se relacionam com os espíritos da natureza, recebendo nomes de animais, plantas ou outros elementos naturais. Essa percepção se aproxima das lendas indígenas que narram um tempo em que os animais falavam e viviam em comunhão com os homens, podendo um se transformar no outro, (veja mais nas obras de Betty Mindlin).
A palavra caboclo vem do tupi kariuóka, que significa da cor de cobre; acobreado. A partir daí vem a relação com os índios brasileiros, de tez avermelhada. Assim, a palavra caboclo passou a designar aquilo que é próprio de bugre, do indígena brasileiro de cor acobreada. Posteriormente surgiu a noção de caboclo como mestiço de branco com índio, o sertanejo. Dada essa relação dos caboclos com os indígenas – nos terreiros de Umbanda é dessa forma que se manifestam -, e aproximando esse fato ao Orixá Oxossi, que em África é cultuado como Odé, o caçador, o Senhor das Florestas, conhecedor dos segredos das matas e dos animais que lá vivem, diz-se que os Caboclos que baixam na Umbanda são espíritos ligados a Oxossi. Muitos entendem que somente esses são caboclos e que as entidades da vibração de Ogum, Xangô, Yemanjá e Oxalá não seriam, propriamente, caboclos. No entanto, há caboclos da praia, do mar e das ondas, das pedreiras, das cachoeiras, dos rios etc., cujos elementos se associam mais aos outros Orixás que a Oxossi.
Outra maneira de se interpretar as entidades de Caboclo, é como espíritos que se apresentam na forma de adultos, com uma postura forte, de voz vibrante, que trazem as forças da natureza, manipulando essas energias para trabalhar nas questões de saúde, vitalidade e no corte de correntes espirituais negativas. Seu linguajar pode se assemelhar ao dos indígenas, paramentados ou não com cocares, arcos e flechas, machadinha e espadas. Aqui estamos entendendo os Caboclos de maneira mais ampla, como símbolo de fortaleza, do vigor da fase adulta, existindo caboclos de Oxossi, Xangô, Ogum e mesmo aquelas entidades ligadas aos orixás femininos, como Yemanjá, Oxum, Yansã. É claro que essas últimas entidades não vêm como índias, mas com uma forma tipicamente relacionada aos seus atributos. Todavia, são entidades que se apresentam como adultos.
Feitas essas ressalvas, podemos dizer que todas as entidades de Umbanda, especialmente as Crianças, Caboclos e Pretos-Velhos, são espíritos ancestrais que estão ligados, cada um, a um Orixá. Assim, as crianças trazem a vibração dos Orixás Ibeji, conhecidos na Umbanda Esotérica como Yori; os Pretos-velhos vêm sob as vibrações dos Orixás Obaluaiê, Nana Burukum ou Yorimá e os Caboclos podem ser de Oxossi, Xangô, Ogum etc. Também é preciso falar que existem os chamados cruzamentos vibratórios em que uma entidade de Ogum, por exemplo, pode trazer também as forças de outro orixá, como Ogum Yara que além das forças de Ogum, movimenta também as forças dos Orixás das águas, como Yemanjá, Oxum etc.
Vejamos alguns exemplos de Caboclos de Oxossi: Caboclo Sete Flechas, Caboclo Folha Seca, Caboclo Pena Vermelha, Cacique das Matas, Caboclo Cobra-coral, Cabocla Jurema, Cabocla Jacyra, Caboclo Ventania, Caboclo Caçador e outros. Na linha de Ogum temos: Ogum de Lê, Ogum Beira-mar, Ogum Matinata, Ogum Sete Ondas, Caboclo Biritan, Ogum Megê, Ogum Sete Espadas e mais uma plêiade de espíritos que vêm sob essa vibração. Entre os caboclos de Xangô temos muitos caboclos famosos, como Caboclo das Sete Pedreiras, Caboclo Vira-mundo (que vem como Xangô ou Oxossi), Xangô Kaô, Caboclo Pedra Branca, Caboclo da Pedra Preta etc. Para citar alguns da linha de Oxalá, que dificilmente baixam, temos Caboclo Ubiratan, Caboclo Girassol, Caboclo Ipojucan, Caboclo Guaracy e Caboclo Tupi. Esses caboclos, normalmente, vêm fazendo cruzamento vibratório com outros orixás, especialmente com Oxossi.
Todas as entidades de Umbanda são importantes. Ainda que alguns se orgulhem de serem médiuns de caboclos renomados e tidos como chefes de falange, o que vemos é que quando estão no terreiro, os Caboclos tratam uns aos outros como iguais, mostrando que o que importa é o trabalho espiritual e, como em uma aldeia, tudo é feito em conjunto e com as ordens dos planos superiores. Assim diz um ponto cantado de caboclos: na sua aldeia ele é caboclo, é Rompe-mato e seu mano Arranca-toco, na sua aldeia lá na jurema, não se faz nada sem ordem suprema.
É também do linguajar de caboclo, que não cai uma folha da jurema (da mata), sem ordem de Oxalá, ou seja, que tudo na vida tem motivo e que nossas ações são registradas na lei de causa-e-efeito, ou lei do karma. Mas isso não significa ficar passivo, esperando o pior acontecer. Os Caboclos também ensinam a termos coragem e a sermos guerreiros na vida, lutando pelo que é justo e bom para todos. No que é possível, os caboclos nos ajudam a entrar na macaia (a mata que simboliza a vida), a cortar os cipós do caminho (vencer as dificuldades) e, se preciso, caçar os bichos do mato (vencer as interferências espirituais negativas). Essa postura é evidenciada em vários pontos, como esse:
Atira, atira, eu atirei, eu bamba vou atirar Bicho no mato é corredor, Oxossi na mata é caçado.
Cadê Vira-mundo pemba (bis)
Tá no terreiro, pemba, com seus caboclos, pemba.
Veado no mato é corredor, cadê meu mano caçador
E o Caboclo Ventania que me protege noite e dia.
Para quem vivência o terreiro, que há anos luta as batalhas espirituais e já viu os caboclos vencendo as demandas dos filhos-de-fé, afastando entidades negativas, tratando doenças que a medicina muitas vezes não resolve e dando lições de simplicidade, humildade, coragem e persistência, ouvir ou mesmo lembrar esses pontos cantados, traz uma sensação de alegria que enche o coração, renova o ânimo e nos dá a certeza de que estamos no caminho certo. Melhor do que qualquer leitura sobre caboclo é vê-lo incorporado atendendo quem precisa.
Fonte: Revista Orixás, Candomblé e Umbanda – Ano I – Nº 02
As 7 linhas da Umbanda.
AS SETE LINHAS DA UMBANDA
(Baseado parcialmente no livro UMBANDA DE TODOS NÓS de W.W. da Matta e Silva)
Sete são as Vibrações Originais ou Linhas da Umbanda:
ORIXALÁ, OGUM, OXÓSSI, XANGÔ, YORI, YORIMÁ E YEMANJÁ
ORIXALÁ
Esta Vibração tem a supervisão de Jesus, o Cristo, e representa o princípio, o Incriado, o Reflexo de Deus, o Verbo Solar. É a Luz Refletida que coordena das demais Vibrações Originais, não em seus Pontos Iniciais, e sim em suas exteriorizações que se fixam no nosso Mundo, e que dão a Magia aos Orixás que integram e dirigem na prática a Lei na dita Linha.
Na adaptação popular dos Terreiros, diz-se como "Linha de Oxalá".
O ASTRO que corresponde a essa Vibração é o SOL
A COR é a BRANCA ou AMARELO-OURO
O DIA é o DOMINGO
O Mediador é o ARCANJO GABRIEL
OGUM
Esta Vibração representa o Fogo da Salvação ou da Glória, o Mediador, o Controlador dos Choques conseqüentes ao Karma. É a Linha das Demandas da Fé, das aflições e das lutas, batalhas, etc. É a Divindade que, no sentido místico, protege os guerreiros. Exemplo: as Cruzadas, que foram a Guerra Santa aos Infiéis, pelo menos para os que assim pensavam.
O PLANETA que corresponde a essa Vibração é MARTE
A COR é a ALARANJADA
O DIA é a TERÇA-FEIRA
O Mediador é o ARCANJO SAMUEL
OXÓSSI
Esta Vibração representa a Ação Envolvente ou Circular dos Viventes da Terra, ou seja, o Caçador das Almas, que atende na doutrina e na Catequese. É a Vibração que influencia no misticismo das almas, que doutrina e interfere nos males físicos e psíquicos.
O PLANETA que corresponde a essa Vibração é VÊNUS
A COR é a AZUL
O DIA é a SEXTA-FEIRA
O Mediador é o ARCANJO ISMAEL
XANGÔ
Esta Vibração representa o Ser Existente que coordena toda Lei Karmânica; é o Dirigente das Almas, o Senhor da Balança Universal, que afere o nosso estado espiritual.
O PLANETA que corresponde a essa Vibração é JÚPITER
A COR é a VERDE
O DIA é a QUINTA-FEIRA
O Mediador é o ARCANJO MIGUEL
YORI
Essa Vibração representa a Potência em Ação da Luz Reinante ou A Potência em Ação Pelo Verbo, que traduz a Potência da Luz do Verbo ou do Reino de Deus.
O PLANETA que corresponde a essa Vibração é MERCÚRIO
A COR é a VERMELHA
O DIA é a QUARTA-FEIRA
O Mediador é o Arcanjo YORIEL
YORIMÁ
Essa Vibração representa a Potência da Palavra da Lei, Ordem Iluminada da Lei, ou ainda, Palavra Reinante da Lei. É composta dos primeiros Espíritos que foram ordenados a combater o MAL em todas as suas manifestações. São os Orixás velhos, verdadeiros magos que, velando suas formas kármicas, revestem-se das roupagens de Pretos-Velhos, distribuindo e ensinando as verdadeiras "milongas" sem deturpações. São os Senhores da Magia e da experiência adquirida através de seculares encarnações. Eles são a Doutrina, a Filosofia, o Mestrado da Magia, em fundamentos e ensinamentos, e representam os primeiros que adquiriram forma na humanidade e no sacrificial.
O PLANETA que corresponde a essa Vibração é SATURNO
A COR é a LILÁS
O DIA é o SÁBADO
O Mediador é o Arcanjo YRAMAEL
YEMANJÁ
Essa Vibração representa a Divina Mãe do Universo, a Mãe Sofia dos Teosofistas, é a Divina Mãe na Umbanda e traduz: O Princípio que atua na Natureza, ou seja, o Eterno Feminino, a Divindade da Facundação, da Gestação, etc.
O PLANETA que corresponde a essa Vibração é a LUA
A COR é a AMARELA e o PRATEADO
O DIA é a SEGUNDA-FEIRA
O Mediador é o Arcanjo RAFAEL
Como estas Vibrações atuam na Lei de Umbanda:
Cada Vibração Original tem como Chefes Principais Sete Chefes de Legiões ou Orixás Menores, não incorporantes. Cada um destes Chefes de Legiões tem sete Chefes de Falanges. Cada um destes Chefes de Falanges tem Sete Chefes de Subfalanges, e os números vão se multiplicando.
Para melhor entendimento desta hierarquia, vamos tomar por base a composição de somente uma Vibração Original :
VIBRAÇÃO ORIGINAL
1º Plano (Orixás) | 1ª Vibração | Chefes de Legião | 7 |
1º Plano (Orixás) | 2ª Vibração | Chefes de Falanges | 7X7=49 |
1º Plano (Orixás) | 3ª Vibração | Chefes de Subfalanges | 49X7=343 |
2º Plano (Guias) | 4ª Vibração | Chefes de Grupamentos | 343X7=2401 |
3º Plano (Protetores) | 5ª Vibração | Integrantes de Grupamentos | 2401X7=16807 |
3º Plano (Protetores) | 6ª Vibração | Integrantes de Grupamentos | 16807X7=117649 |
3º Plano (Protetores) | 7ª Vibração | Integrantes de Grupamentos | 117649X7=823543 |
Cada Vibração original acima descrita tem um Par Vibracional, que são Seres Espirituais não cultuados na Umbanda, como segue:
ORIXALÁ - Par Vibracional ODUDUÁ
OGUM - Par Vibracional OBÁ
OXÓSSI - Par Vibracional OSSÃE
XANGÔ - Par Vibracional IANSÃ(*)
YORI - Par Vibracional OXUM(*)
YORIMÁ - Par Vibracional NANÃ(*)
YEMANJÁ - Par Vibracional OXUMARÉ
(*) Iansã, Oxum e Nanã além de serem Pares Vibracionais de Xangô, Yori e Yorimá, respectivamente, são Chefes de Legião da Linha de Yemanjá (Orixás Menores). Em alguns casos presta-se culto ou cita-se estes nomes nos rituais umbandistas por esta particularidade.
Para um melhor entendimento ou para um estudo mais profundo a respeito da hierarquia espiritual na Umbanda convém a leitura do Livro UMBANDA DE TODOS NÓS, W.W.da Matta e Silva (Mestre Yapacani), Editora Ícone, que detalha todos os cálculos e particularidades da hierarquia das Linhas da Umbanda.
NOTA: Orixalá ou Oxalá ?
A Vibração Original (a Linha) se chama Orixalá, com o tempo contraiu-se para Oxalá que por sua vez é o nome do Senhor Jesus Cristo. Então é bom frisar que Orixalá é a Vibração Original (a Linha) e Oxalá é o Senhor Jesus Cristo. Assim sendo, para não dar muita confusão, fazemos assim: Considerando-se que Jesus Cristo (Oxalá) está ligado diretamente a Vibração Original Orixalá, saravamos o nome Oxalá com o pensamento de estarmos saravando a Vibração Original (a Linha) e a Jesus Cristo ao mesmo tempo.
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